COMO SER CHEIO DO ESPÍRITO SANTO? SEJA GRATO
Em nosso último texto, começamos a meditar sobre esse tema, a partir da carta aos Efésios. Entendemos que temos uma responsabilidade nesse processo de sermos cheios do Espírito Santo e começamos a meditar em cada instrução dada pelo apóstolo Paulo a esse respeito no texto de Efésios 5:18-21.
Continuando a reflexão sobre este tema, iremos meditar, no texto de hoje, sobre a segunda atitude que devemos ter para sermos cheios do Espírito Santo:
E não vos embriagueis com vinho, no qual há devassidão, mas enchei-vos do Espírito [...] ... sempre dando graças por tudo a Deus, o Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo... (Efésios 5:20).
Devemos dar graças a Deus em todas as situações. Esta é uma das formas pelas quais nos enchemos do Espírito Santo. Um coração grato alegra o coração de Deus. A vontade de Deus para nós é que sejamos gratos em todos os momentos:
Deem graças em todas as circunstâncias, pois esta é a vontade de Deus para vocês em Cristo Jesus.
(1 Tessalonicenses 5:18)
Ser grato é uma atitude que necessita diária vigilância. Nossa tendência natural é desanimar diante das dificuldades, desistir quando as barreiras se colocam em nossa caminhada. Mas a palavra de Deus nos ensina que o justo viverá pela fé (Habacuque 2:4; Gálatas 3:11; Hebreus 10:38). E a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos (Hebreus 11:1). Assim, se vivemos pela fé, devemos demonstrar isso através de ações de graças ao nosso Deus, que tudo já conquistou para nós na cruz do calvário.
Quando não somos gratos, dizemos a Deus que poderíamos fazer melhor do que Ele se estivéssemos em Seu lugar. Quando murmuramos, estamos, em verdade, afirmando que merecíamos mais do que aquilo que Deus tem nos dado.
E essa atitude entristece o Espírito Santo de Deus e o afasta de nós. Porque a soberba provém da nossa raiz pecaminosa. Foi por causa de sua soberba que Satanás se rebelou contra Deus. Quando era anjo celestial, Lúcifer deixou que a soberba achasse lugar em seu coração e começou a pensar: eu posso ser igual a Deus. Vejam o que diz o livro profético de Isaías sobre a altivez de Lúcifer:
Você que dizia no seu coração: "Subirei aos céus; erguerei o meu trono acima das estrelas de Deus; eu me assentarei no monte da assembleia, no ponto mais elevado do monte santo. Subirei mais alto que as mais altas nuvens; serei como o Altíssimo. (Isaías 14:13,14)
Apesar de toda a sua beleza e esplendor (Ezequiel 28:17), Lúcifer não se satisfez com sua posição. Ele não reconheceu a bondade e a graça de Deus sobre sua vida, mas desejou ser maior e estar em lugar tão elevado como o trono de Deus.
Por outro lado, temos o exemplo de Jesus, que, sendo Deus, deixou Seu trono de glória e se fez homem, se humilhou em obediência à vontade do Pai e em submissão ao plano de redenção traçado por Deus.
Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz! (Filipenses 2:5-8)
Ser grato é reconhecer que Deus já fez o melhor por nós e que o maior presente nós já recebemos de Deus: a salvação através do sacrifício de Jesus na cruz. É entender que não somos merecedores da misericórdia e da graça de Deus e que Ele não nos deve nada. Deus não nos deve nada! O plano de redenção que Ele preparou para nós por meio da morte e ressurreição de Jesus foi um presente gracioso de Deus, pois nós não fizemos nada para ganharmos essa recompensa. Não merecíamos nada além da morte e da condenação, por andarmos distantes d'Ele e em desobediência aos seus mandamentos.
Se entendermos isso, naturalmente demonstraremos gratidão a Deus em todas as circunstâncias, obedecendo ao ensino contido em 1 Tessalonicenses 5:18.
É por isso que, quando murmuramos, é a nossa carne quem se fortalece, pois a murmuração tem sua raiz na soberba, na falta de humildade do nosso coração, atitudes contrárias à de Cristo. Em uma situação adversa, a vontade da carne é somente uma: murmurar. Se eu deixar minha carne falar mais alto, ficarei cada vez mais cheia de mim mesma e vazia do Espírito Santo de Deus. Por isso, o apóstolo Paulo nos instrui a sermos vigilantes quando o assunto é gratidão (Colossenses 4:2).
Por outro lado, quando abrimos nossa boca para agradecer a Deus, mesmo diante de provações, estamos manifestando o caráter de Cristo e dando o fruto do Espírito Santo que habita em nós: amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fé, mansidão e domínio próprio (Gálatas 5:22). Agindo assim, nos enchemos do Espírito Santo, como vimos no texto base desta mensagem, e nos esvaziamos cada vez mais de nossa maldade e de nossas próprias vontades.
Experimente agradecer a Deus pelo que você tem, em vez de reclamar pelo que você não tem. Você perceberá que, quanto mais der graças, mais a graça de Deus lhe será suficiente, mesmo em meio às dificuldades.
Que possamos mudar nossa atitude diante de Deus e das circunstâncias, tendo um coração grato por tudo o que Ele já fez por nós, mesmo sem merecermos.
Continuaremos a meditar nesta rica passagem de Efésios no próximo texto.
Que a graça e a paz do Senhor Jesus seja contigo.
Bruna Monastirski
Discípula de Cristo
*créditos da primeira imagem para Le Bullon. Fanpage: https://www.facebook.com/LeBullon/
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